A interversão Pedagógica para as crianças com Autismo

Por Elisângela Pretto Kraemer, Pedagoga e Psicopedagoga, voluntária da AMACA

O trabalho pedagógico com crianças autistas se baseia no planejamento individual e específico. Como a criança com TEA apresenta um desnivelamento no seu desenvolvimento, o planejamento do trabalho será a partir do que ela necessita, considerando seus interesses e curiosidades e, visa assegurar o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento da criança.

Sofia Melo - AMACA 2020

Podemos pensar no atendimento pedagógico de duas formas, individualizado em um ambiente em que há apenas a professora e o aluno com TEA e, também na sala de aula com todos os alunos típicos e o aluno com TEA, situações diferentes, e com resultados também diferenciados para a criança.

É importante que a criança chegue na escola com um diagnóstico fechado, já realizando tratamento multidisciplinar, com fonoaudiólogo, psicólogo, médico e psicopedagógico. Esses profissionais que acompanham a criança, podem ajudar a elaborar um planejamento pedagógico específico, dando suporte para o professor. As intervenções pedagógicas no autismo, como com qualquer criança, visam a construção do conhecimento, a inserção social e a criação de um vínculo com a escola, com o ambiente e com as pessoas.

Muitos pais de crianças autistas tem receio, medo e insegurança em matricular o filho na escola regular, por pensar que ele não será bem atendido, ou não terá a devida atenção da professora pois, estão condicionados a terapias individuais onde seu filho tem a atenção exclusiva da terapeuta. E realmente ELE NÃO SERÁ O ÚNICO! Pois a professora terá um grupo grande de alunos para alfabetizar, auxiliar, dar atenção, mas isso não é fator de decisivo que denote descuido ou falta de interesse pela criança TEA, ao contrário ele perceberá que faz parte de um grupo equânime, unido, e as experiências vivenciadas em grupo, a interação com as outras crianças o fará aprender sobre o mundo que a cerca e só fortalecerá a autonomia, a independência e identidade da criança autista.

O professor deve despertar o interesse e a curiosidade da criança com TEA, essa motivação, é o motor de partida que favorece e possibilita a aprendizagem através das experiências escolares.

A escola é um ambiente de aprendizagem , experiências, crescimento e evolução de seres em formação contínua e, nada substitui essa experiência de vida fundamental ao ser em formação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário