Super Interessante | 27 abr 2017, 19h42 | Por Guilherme Eler
Avós maternas que fumaram enquanto grávidas aumentaram em 53% o risco das crianças serem diagnosticadas com autismo, de acordo com uma pesquisa inglesa.
Vovós que fumaram durante sua gravidez podem ser
responsáveis pelo autismo de seus netos, de acordo com um estudo
desenvolvido na Universidade de Bristol, na Inglaterra. O hábito, quando
mantido pelas avós maternas, aumentou o risco das crianças serem
diagnosticadas como autistas em 53%. E o cenário pode ser ainda pior
para as meninas: netas cujas avós fumaram enquanto grávidas têm 67% mais
chance de desenvolver também comportamentos repetitivos e dificuldades
de comunicação.
“Nós já sabemos que proteger o bebê dos efeitos do tabaco é
uma das melhores maneiras de garantir um começo de vida saudável. O que
descobrimos agora é que não fumar durante a gravidez pode também
significar um bom início também dos netos”, pontuou Jean Golding, um dos
autores do estudo, em entrevista ao site da Bristol University.
Estudos anteriores apontam a prática como a que oferece maior número de riscos à criança e à mãe, inclusive relacionando o fumo à ocorrência de autismo nos pequenos.
A relação entre o hábito e o distúrbio, no entanto, é mais clara quando
o contato é direto – de mãe para filho. A possibilidade de se herdar
isso das avós, aponta para uma referência genética mais complexa.
_________________Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta - AMACA
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