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Cientistas mostram que principal teoria sobre o autismo está errada

Teoria da inibição no autismo

Experimentos em modelos de autismocontestaram a suposição mais comum dos cientistas sobre o que aconteceria de errado nos circuitos cerebrais para causar os sintomas da doença.

Recentemente, a renomada revista Nature Medicine anunciou que as causas genéticas do autismo foram postas em cheque. [Imagem: Nature/Divulgação]


A principal hipótese atual sobre a causa dos sintomas do autismo é que os neurônios receberiam pouca inibição ou muita excitação, causando hiperexcitabilidade.

Cérebro de autistas trabalha em velocidade diferente, diz estudo

Respostas sensoriais são mais rápidas, mas região ligada ao controle motor é mais lenta - e essas variações podem ajudar a explicar os sintomas

Por Ingrid Luisa, 15 fev 2019. Super Interessante

 (Paul Campbel/Getty Images)
O autismo é um transtorno neurológico que atinge cerca de 25 milhões de pessoas no mundo inteiro, segundo dados de 2015. Ele provoca dificuldade de comunicação e interação social, bem como comportamento restrito e repetitivo. Apesar das diversas pesquisas sobre o tema, as causas do autismo ainda não foram identificadas — a maioria dos estudos indica que se trata da união de fatores genéticos com causas ambientais.

Agora, um estudo desenvolvido por cientistas britânicos e japoneses descobriu que a velocidade neural de algumas áreas do cérebro pode estar ligada aos sintomas cognitivos das pessoas com autismo.

Para entender a descoberta, é preciso lembrar de algo meio óbvio: as áreas sensoriais do cérebro que processam informações ligadas aos reflexos humanos, vindas dos olhos, pele e músculos, têm períodos de processamento curtos, rápidos. Já áreas que processam informações mais complexas, como a memória, a inteligência e a tomada de decisões, respondem naturalmente de forma mais lenta.

Mas o novo estudo mostra que essa hierarquia de “tempos neurais” é diferente em pessoas autistas. O estudo, que usou ressonância magnética, descobriu que o cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o normal. Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas.

Mas o novo estudo mostra que essa hierarquia de “tempos neurais” é diferente em pessoas autistas. O estudo, que usou ressonância magnética, descobriu que o cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o normal. Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas.

Pesquisa liderada por brasileiro mostra relação entre defeito genético e autismo

Ter apenas uma cópia do gene Setd5 alterou as conexões entre neurônios e levou a comportamentos típicos do autismo em testes com camundongos. O estudo foi publicado na revista científica 'Nature Translational Psychiatry'.


Por Lara Pinheiro, G1 26/01/19

Uma equipe liderada por um pesquisador brasileiro na Universidade da Califórnia, em San Diego, conseguiu desvendar a relação entre um defeito genético e comportamentos típicos do autismo, transtorno que afeta o desenvolvimento do cérebro. O estudo, resultado de testes em camundongos, foi publicado na revista 'Nature Translational Psychiatry' no último dia 17.

O pesquisador, Alysson Muotri, compartilhou a descoberta em um post no Facebook.


Alysson Muotri em seu laboratório na Califórnia — Foto: Alysson Muotri/G1
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO G1 
(https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/01/26/pesquisa-liderada-por-brasileiro-mostra-relacao-entre-defeito-genetico-e-autismo.ghtml)

3 novidades sobre o autismo

Os avanços da ciência em relação ao transtorno incluem análise dos cérebros de bebês ainda no útero, testes de genoma e tratamento com cannabis. Entenda!

Por Juliana Malacarne - Publicada pela Crescer - 17/10/2018

Novidades sobre o autismo, que ainda permanece um mistério médico (Foto: Thinkstock)
Um relatório divulgado em maio deste ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, estima que 1 em cada 59 crianças está no espectro autista. Apesar de atingir milhões de pessoas, o transtorno permanece um mistério sem causas conhecidas tratado muitas vezes de forma ineficaz. Felizmente, pesquisadores no mundo todo estão empenhados em derrubar os mitos sobre o assunto e aumentar a qualidade de vida de quem vive com ele.

Confira 3 novidades da ciência para entender melhor o espectro autista:

Identificado o gene que causa o autismo

Em experiências em ratos, os investigadores do ACCh revelaram que a deficiência do gene PAK2 e a treonina-quinase PAK2 podem causar risco de autismo.


Cientistas chineses da Academia Chinesa de Ciências (ACCh) descobriram um gene que regula as funções cerebrais e cuja deficiência pode causar autismo.

Em experiências em ratos, os investigadores do ACCh revelaram que a deficiência do gene PAK2 e a treonina-quinase PAK2 podem causar risco de autismo.

Cientistas descobrem remédio que ameniza deficit social em autistas

Pequenas doses de substância anticancerígena são aplicadas em ratos e, em três dias, aliviam um dos sintomas mais emblemáticos do transtorno. Pesquisadores americanos se preparam para os testes com humanos.

O transtorno do espectro do autismo tem como uma das principais características a dificuldade de interação social. Em busca de uma abordagem para amenizar esse problema, pesquisadores americanos resolveram testar, em ratos manipulados para ter o transtorno, um medicamento que interfere na expressão de genes. A substância, já prescrita para o tratamento de cânceres, surtiu resultados positivos, mantendo a melhora dos sintomas das cobaias por um período equivalente “a vários anos em humanos”, segundo os autores.

“Descobrimos um pequeno composto molecular que mostra um efeito profundo e prolongado sobre os deficits sociais semelhantes aos do autismo sem efeitos colaterais óbvios, enquanto muitos compostos usados atualmente para tratar uma variedade de doenças psiquiátricas falharam em demonstrar a eficácia terapêutica para esse sintoma central do autismo”, ressalta Zhen Yan, pesquisadora do Departamento de Fisiologia e Biofísica da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas de Jacobs, na Universidade de Buf-falo, e principal autora do estudo, publicado na revista Nature Neuroscience.

Autismo pode ter relação com microbiota intestinal da mãe, indica estudo

Por Chloé Pinheiro

A relação entre as duas coisas parece ser a resposta inflamatória do organismo da mãe, em parte regulada pelas bactérias que vivem no intestino.


A importância da microbiota intestinal para a saúde e o desenvolvimento do bebê é bem conhecida. O que os cientistas investigam agora é a influência da microbiota da mãe no futuro do filho. A suspeita é que ela possa estar ligada até ao risco de autismo, como observou um novo trabalho realizado pela Escola de Medicina na Universidade de Virginia (UVA), nos Estados Unidos.

Crianças afetadas pelo zika podem desenvolver esquizofrenia ou autismo quando adultas, diz estudo

Fonte G1: publicado em 07/06/18

 

Pesquisa brasileira tentou prever em cobaias como crianças com zika devem estar na vida adulta: distúrbios de comportamento são uma possibilidade mesmo dentre os não afetados pela microcefalia.


Crianças afetadas pelo zika no Brasil devem ter no máximo três anos hoje -- considerando que a maioria das anomalias começaram a ser identificadas em 2015. Dada à urgência do caso, foram muitos os estudos que focaram na primeira fase da infecção... mas o que vai acontecer com essas crianças quando adultas? E com aquelas sem más-formações tão evidentes? Essas são perguntas que a ciência tenta responder.
As má-formações foram as consequências mais evidentes do zika, mas há outras -- mesmo naquelas pessoas que não desenvolveram microcefalia, diz estudo (Foto: Getty Images)
Um estudo publicado nesta quarta-feira (6) no "Science Translational Medicine" é uma das tentativas de responder a essas perguntas. A pesquisa foi feita só por cientistas brasileiros (Universidade Federal do Rio de Janeiro e de São Paulo) e tentou prever, de forma inédita em cobaias, os efeitos a longo prazo do zika.

Inflamação em células nervosas pode ser uma das causas do autismo

Cientistas da USP realizaram a análise a partir de dentes de leite doados por familiares de crianças com autismo


Pesquisadores do projeto Fada do Dente, ligado à Universidade de São Paulo (USP), realizaram uma importante descoberta sobre o autismo clássico, transtorno grave que tem como consequências o comprometimento da fala e a estereotipia— nome dado aos movimentos feitos de maneira repetitiva, como estalar os dedos, bater os pés, balançar as mãos. 
AUTISMO (FOTO: CHARAMELODY/FLICKR) 
Utilizando dentes de leite doados por famílias de crianças autistas e não-autistas, os cientistas extraíram e reprogramaram células embrionárias para criar neurônios e astrócitos, que são células responsáveis por sustentar os neurônios e filtrar o que chega do sistema sanguíneo até eles.

Com essas células em mãos, os pesquisadores simularam uma série de combinações que permitiram verificar uma inflamação nos astrócitos e que pode ser uma das causas do autismo clássico.

Pesquisa descobre célula responsável pelo autismo

Através da polpa do dente de crianças com o transtorno, pesquisadoras descobrem que astrócitos estão diretamente ligados ao autismo

Por Camilla Freitas

Conforme o CDC (Centers for Diseases Control and Prevention), órgão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, calcula-se que no Brasil há em torno de 2 milhões de autistas. Esse transtorno foi pesquisado por Fabiele Russo em seu doutorado e resultou no artigo intitulado Modeling the interplay between neurons and astrocytes in autism using human induced pluripotent stem cells, publicado na Biological Psychiatry. Nele, a pesquisadora aponta um novo tipo de célula associada ao autismo, os astrócitos. “Já há um trabalho que relata o papel dos astrócitos para síndrome de Rett mas para autismo clássico é o primeiro no mundo”, conta Fabiele.
(Arte: Mariana Rudzinski)

unto com a professora Patrícia Beltrão, ela descobriu que essa célula, que é responsável por sustentar e alimentar os neurônios, têm um papel muito importante no estudo do autismo uma vez que produz a citocina Interleucina 6 (IL-6), que já foi apontada como sendo uma das causas do transtorno em pessoas afetadas, porém não em modelos in vitro. “Poderia ser esse o motivo pelo qual os astrócitos estão doentes [aumento do IL-6], é uma hipótese, mas precisamos investigar outras citocinas, tem milhares no nosso organismo. Mas já sabíamos que o IL-6 é uma citocina relacionada ao autismo.”

Os genes do autismo e a geração de novos neurônios

El Pais - 25/10/17

Não há um gene do autismo, mas muitas variantes comuns que só produzem o quadro em certas combinações. Em outras, parecem estar por trás da evolução de nossa mente
Um paradoxo: por que 100.000 anos de seleção natural não varreram os genes do autismo de nosso genoma? Já que o autismo (ou, tecnicamente, os transtornos do espectro autista, que incluem o asperger e outras condições de variada intensidade) dificulta o relacionamento social e, portanto, reduz o sucesso reprodutivo, as variantes genéticas que aumentam seu risco deveriam ter desaparecido. É o que dizem a teoria evolutiva e o senso comum. Daí o paradoxo.

Na imagem uma criança com síndrome de asperger. 
E, por uma vez, hoje podemos resolvê-lo com um livro autobiográfico e uma pesquisa científica. O livro é Olhe nos Meus Olhos (Editora Larousse). Seu autor, John Elder Robison, é um asperger de 60 anos e colocou várias obras na lista de livros mais lidos do The New York Times. Quando ainda era muito pequeno, com três ou quatro anos, já estava consciente de que não era como as outras crianças, apesar de que a medicina na época não foi capaz de diagnosticar sua condição. Em vez disso, quando adolescente lhe puseram a alcunha de “socialmente desviado” porque estava fascinado pela eletrônica e não fazia mais nada além de desmontar rádios e cavar buracos na terra.

Estudos conduzidos por pesquisadores brasileiros abrem novas portas para entender o autismo

Até hoje, os artigos publicados sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) olharam apenas para a morfologia e o funcionamento dos neurônios das pessoas que sofrem com o transtorno. No entanto, um estudo inédito conduzido pela pesquisadora brasileira Dra. Patrícia Beltrão Braga, da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a Dra. Graciela Pignatari e o Dr. Alysson R. Muotri, respectivamente Diretora Executiva e Chief Scientific Officer da TISMOO, demonstrou que outro tipo celular do cérebro, os astrócitos, também têm um papel fundamental para a saúde do neurônio.

A pesquisa foi realizada durante o doutoramento de Fabiele Russo, que através de ensaios e experimentos avaliou as células do sistema nervoso de pacientes com autismo clássico, todos com déficits de comunicação/cognição e estereotipias. As células do sistema nervoso, os neurônios e astrócitos, foram produzidos através da reprogramação de células da polpa de dentes de leite desses indivíduos. Depois de vários experimentos, foi possível observar que os astrócitos eram os responsáveis pelas características dos neurônios dos autistas, o que pode refletir no quadro clínico/comportamental desses indivíduos.

Oxitocina tem resultados promissores em crianças autistas

POR CESAR BAIMA. O Globo. 11/07/17


Experimento mostrou benefícios na interação social, em especial nas que tinham baixos níveis do hormônio no organismo
Crianças que tinham uma nível baixo de oxitocina no organismo antes do tratamento foram as que mais melhoraram em teste padrão de interação social - shutterstock.com/PhotoUG
RIO - A oxitocina pode ajudar a melhorar a interação social de crianças com transtornos do espectro autista (TEA), especialmente as que têm um baixo nível prévio da substância, apelidada de “hormônio do amor”, no organismo. A conclusão é de estudo que pela primeira vez analisou a influência da concentração de oxitocina no sangue das crianças antes do tratamento na resposta ao mesmo, já que experimentos anteriores com a administração do hormônio em pacientes autistas tiveram resultados contraditórios.

Estudo desvenda genética na forma como crianças olham para o mundo

Correio Braziliense. 12/07/17
Utilizando uma tecnologia desenvolvida para rastrear o olhar, o estudo mostrou que os movimentos feitos pelos olhos ao buscar informações no ambiente são fortemente dependentes de fatores genéticos em todas as crianças e anômalos em crianças autistas
João e Prof. M. Margarida - AMACA Cruz Alta 08/07/17
Um novo estudo revela que há um forte componente genético na maneira como crianças olham para o mundo - em especial na preferência em focar o olhar nos olhos, no rosto, ou em outros objetos durante a interação com outras pessoas.

De acordo com os autores da pesquisa, publicada nesta quarta-feira (12/7), na revista Nature e realizada por cientistas de universidades dos Estados Unidos, os resultados do experimento fornecem novos elementos para compreender as causas do autismo.
Utilizando uma tecnologia desenvolvida para rastrear o olhar, o estudo mostrou que os movimentos feitos pelos olhos ao buscar informações no ambiente são fortemente dependentes de fatores genéticos em todas as crianças e anômalos em crianças autistas.

Exame de imagem pode prever autismo aos 6 meses, indica estudo

Por Chloé Pinheiro, Portal: bebe.com. 30/06/17

Estudo mapeia as diferenças cerebrais em quem tem maior risco de desenvolver o transtorno antes mesmo dos sintomas aparecerem.
(greenaperture/Thinkstock/Getty Images)
Ainda não existem testes de laboratório para diagnosticar os transtornos do espectro autista (TEA), conjunto de distúrbios que impactam no funcionamento do cérebro e na maneira como a criança se comunica com o mundo e não têm cura. Um novo trabalho, entretanto, conseguiu identificar o risco de autismo já aos seis meses de idade, quando os sintomas são quase imperceptíveis.

Diagnóstico e atenção compartilhada à pessoa com autismo

O Programa "Autismo: Um Jeito de Ser", que foi ao ar hoje (11/06) pela Rádio Popular FM, 107.9, de Cruz Alta-RS, a Psicóloga, Regina Basso Zambom, Doutora pela UFRGS, pesquisadora do TEA, falou sobre a importância do diagnóstico e atenção compartilhada da pessoa com autismo. Confira:

Autismo em crianças: estudo mostra que dietas especiais não alteram comportamento


Entenda a pesquisa e veja a opinião de um especialista no assunto

Crises epilépticas, pouca interação social, ações repetitivas, dificuldade de comunicação... Esses são alguns dos comprometimentos que podem ser observados em crianças com transtorno do espectro autista. Na tentativa de minimizar tudo isso, muitas famílias passaram a adotar dietas especiais (livres de glúten e caseína) e a recorrer a suplementos alimentares para os filhos. Tais medidas eram baseadas em pequenas pesquisas científicas.

Exame pode detectar autismo em crianças antes de surgimento de sintomas

Uma ressonância magnética cerebral realizada em bebês a partir dos seis meses de idade pode predizer diagnósticos posteriores de Transtorno do Espectro Autista (ASD), um problema que afeta 1 a cada 68 crianças, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira nos Estados Unidos. 
Imagem Ilustrativa
A análise, informada pela Associação Americana de Avanço da Ciência, também destaca que a detecção precoce e um adequado tratamento de conduta podem melhor significativamente a vida das crianças com ASD.

De acordo com os resultados da pesquisa publicada na revista especializada "Science Traslational Medicine", alguns indicadores aos seis meses de idade podem alertar sobre a aparição do transtorno meses ou anos depois.

Crianças autistas têm melhora após transplante de medula óssea


Lucas, 7, e Sofia, 11, fizeram tratamento em razão de leucemia, mas também tiveram redução na escala de autismo; relação, porém, ainda será objeto de estudo.


Duas crianças autistas que tinham leucemia e passaram por um transplante de medula óssea para tratamento do câncer reduziram consideravelmente os sintomas do autismo entre um ano e 20 meses após o transplante, inclusive mudando a pontuação na escala oficial de diagnóstico do transtorno. Embora os casos ainda sejam considerados pontuais, eles seguem uma linha de pesquisas que apontam que o autismo pode ter um caráter autoimune e, portanto, poderia ser tratado por meio do transplante celular.

O autismo é uma das condições clínicas que mais desafiam médicos e profissionais da saúde de todo o mundo. Os dados mais recentes apontam que a doença afeta um a cada 68 nascimentos, sendo mais prevalente em meninos do que em meninas. Até hoje, ninguém sabe dizer exatamente por que e como o transtorno acontece – a única coisa que se sabe é que se trata de uma desordem multifatorial, que normalmente tem uma herança genética. Não existe nenhum exame que aponte com certeza que o paciente tem autismo, por isso, o diagnóstico é sempre clínico, com base nas alterações comportamentais.

Os pacientes que apresentaram melhora foram transplantados no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, pela equipe do onco-hematologista Vanderson Rocha, que prepara um artigo científico sobre o achado. Rocha também é diretor-científico da Rede Europeia de Banco de Sangue de Cordão (Eurocord) e, diante desses resultados, está preparando um levantamento em toda a Europa para saber se há outros casos de crianças autistas transplantadas e quais foram os resultados.
 

Sangue do cordão umbilical com potencial no tratamento do autismo

Diário On Line | 21 Abr 2017
 
Os resultados de um ensaio clínico conduzido por um grupo de investigadores da Universidade de Duke (EUA), publicados recentemente na revista científica Stem Cells Translational Medicine, revelaram que a infusão autóloga (transplante no próprio indivíduo) de sangue do cordão umbilical (SCU) pode aliviar os sintomas associados às Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), provavelmente através da regulação de processos inflamatórios ao nível cerebral.