Pais de autistas têm dificuldades para usar filas preferenciais em locais públicos

G1. 24/10/17

Lei municipal obriga que ambientes públicos e privados tenham símbolo do autismo em guichês de atendimento preferencial.

Os pais e parentes de pessoas com autismo têm direito de usar as filas preferenciais em estabelecimentos públicos e privados. É o que determina uma lei municipal de Palmas que já está valendo. A legislação determina a inclusão do símbolo do autismo como forma de conscientizar as pessoas e garantir o atendimento preferencial. (Veja o vídeo)

Segundo a lei, o símbolo deve ser incluído em bancos, supermercados, farmácias, bares, restaurantes, lojas em geral e similares.

Além disso, há uma regulamentação estadual que também prevê, para a partir do ano que vem, a obrigatoriedade do acréscimo do símbolo do autismo em guichês de autoatendimento em ambientes públicos e privados de todo o Tocantins.

Para a dona de casa Ellen Barros, mãe do Guilherme, de 11 anos, essa mudança vai fazer uma grande diferença na rotina da família. Ela diz que sempre pega a fila preferencial, mas geralmente é hostilizada por isso.
Pais de crianças autistas comemoram lei que exige atendimento preferencial (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
“Eu acho que é um ganho muito grande para o município de Palmas porque a gente tem dificuldades de chegar no caixa de supermercado, caixa de açougue, farmácia, a pessoa que está na fila atrás questiona e aquilo incomoda. Porque o autismo é comportamental não é físico, então nem sempre vai olhar para a criança e dizer que ela é autista.

Para a dona de casa Irene Pereira da Silva é uma dificuldade ir ao supermercado com o Iarlly, de 6 anos. O menino tem autismo e é muito agitado. Esperar na fila do caixa é uma dificuldade. “Não sabia que existia, para mim é maravilhoso porque não tem como esperar”.

A presidente da associação Anjo Azul, Helena Ambrósio, que reúne famílias de crianças com autismo, lembra que foram eles que se mobilizaram para conseguir a aprovação da lei. Para ela, os trabalhadores precisam ser capacitados para o atendimento.
“Não só colocar o símbolo do autismo, mas capacitar os seus profissionais, os caixas informando que o autista tem direito de estar ali porque muitas vezes a gente é hostilizada pelo próprio caixa”.

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