A Tismoo, que fatura R$ 1,2 milhão, é pioneira mundial neste tipo de análise e busca investimentos para expandir atuação.
Os investimentos públicos em ciência e tecnologia caíram 50% entre 2014 e 2016. Mas o cenário pouco animador não impediu o surgimento de startups inovadoras, dispostas a criar soluções úteis para a sociedade. É o caso da Tismoo, que atua na área de biotecnologia.
Fundada em abril de 2016 em São Paulo, a startup é pioneira mundial no segmento de análises genéticas ligadas ao autismo. A iniciativa de criar a empresa partiu de Marco Antonio Innocenti, 50 anos.
Durante seis anos, ele havia percorrido hospitais em busca de um diagnóstico para a filha, que sofria de uma síndrome neurológica rara.
Para ajudar outros pais na mesma situação, decidiu fundar a Tismoo ao lado de sete sócios.
O investimento inicial foi de R$ 3 milhões — R$ 1 milhão em dinheiro e R$ 2 milhões em aportes de patentes dos cientistas que fazem parte da sociedade. “A pesquisa científica demanda investimentos elevados e de longo prazo. Podem-se passar anos pesquisando sem chegar a um resultado satisfatório”, diz Gian Franco Rocchiccioli, um dos cofundadores da empresa, ao lado de Innocenti.
A startup atua em duas frentes. A principal é a que oferece testes baseados em sequenciamentos genéticos para ajudar no diagnóstico de transtornos relacionados ao autismo. Cada teste custa R$ 4.157.
Os sócios também realizam pesquisas genéticas para recriar em laboratório as etapas do desenvolvimento neural. O objetivo é investigar como as mutações de determinadas células levam a um quadro clínico específico e buscar alternativas para reverter o processo.
Para financiar os estudos, os sócios estão em busca de aportes: o objetivo é conseguir R$ 8 milhões até o início de 2018. “Já fomos procurados por alguns fundos”, diz Rocchiccioli. No primeiro ano de operação, a Tismoo faturou R$ 1,2 milhão.
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