O Transtorno do Espectro Autista, também chamado de TEA, ou simplesmente AUTISMO, é um transtorno do neurodesenvolvimento com aspectos sintomáticos relacionados a dificuldade de Interação social, na comunicação e comportamentos marcados por estereotipias. O autismo não é uma doença, porém muitas vezes acontece comorbidades relacionadas com doenças ou síndromes.
Diante dessas maiores dificuldades da pessoa com TEA, o tratamento ou as intervenções buscam proporcionar mais qualidade na interação social e estimular a comunicação, principalmente.
Agora na Pandemia do COVID-19, o isolamento social e a dificuldade de intervenção afeta diretamente crianças e adultos com autismo. Evidentemente, como se trata de um espectro amplo, que pode ir desde a deficiência intelectual severa até as altas habilidades não é possível afirmar que a situação vivenciada afeta todos de maneira igual.
Em Cruz Alta, a Associação dos Pais e Amigos do Autista é uma associação com 25 famílias associadas e atendia até a chegada da Pandemia por volta de 15 crianças e adultos com TEA. Os atendimentos eram realizados de forma individualizada e, em grupo. Ainda, incluía atendimento psicológico aos pais e familiares, também em grupo.
Por meio de depoimentos de pais de autistas da Associação, eles relatam que entre as maiores dificuldades enfrentadas durante a pandemia do COVID-19 está o suporte pedagógico para as aulas remotas para as crianças; a alteração da rotina e a necessidade de adaptação ao ensino digital. Relatam, ainda, que nos casos mais graves acentuou-se às estereotipias, a compulsão pela comida, a alteração do sono, o nervosismo, a agressão ou auto-agressão, entre outras. Por outro lado, existem casos que os autistas estão super bem, pois toda a família está próxima e pode dar mais atenção. Nestes casos, fica muito difícil para os pais e familiares que precisam trabalhar em casa (home Office), pois os autistas não entendem isso.
Marlene Nascimento, presidente da Associação, disse que já iniciaram os preparativos para adequação do Espaço para cumprir os protocolos e retomar os atendimentos no mês de outubro. A presidente lembrou que a Associação fez convênio com o Espaço Motriz no mês passado para proporcionar atendimento em Psicomotricidade e deseja realizar outras parcerias com outras instituições para que as famílias tenham mais opções de atendimento.
Com relação ao custeio das despesas para manutenção do Espaço e dos atendimentos, Marlene disse que acontece, basicamente, doações, eventos e mensalidade dos associados, que é só R$ 20,00. Lembrando que qualquer pessoa pode se associar, basta ter afinidade com a causa.
Para quem deseja saber mais sobre a AMACA pode ir até a Associação às quartas-feiras das 14 às 17 horas (Gen. Camara, 773, Centro de Cruz Alta - fundos do Grêmio) ou consultar informações no blog (http://amacars.blogspot.com/ ou na página do facebook ( https://www.facebook.com/amacacruzalta/).
Para falar com a associação pode ser usado o e-mail (autismocruzalta@gmail.com) ou pelo fone 55.9 9146-6509 - Marlene Dalcin Nascimento.
Produção: Edivan Souza e Mara Toledo
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