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Pesquisa global indica a principal causa do autismo

Estudo com 2 milhões de crianças aponta fatores genéticos como relevantes em 80% dos casos

São Paulo – Em uma pesquisa realizada por 22 instituições de saúde de 7 países diferentes, foi observado que a genética é o maior fator de risco para o desenvolvimento do autismo, transtorno que afeta o sistema nervoso. A análise foi feita a partir de registros médicos de mais de 2 milhões de crianças com o espectro nascidas na Suécia, Finlândia, Dinamarca, Israel e Austrália Ocidental no período de 1998 até 2011.

Novo estudo de brasileiro contribui para o avanço do entendimento do autismo

Desenvolvido pelo pesquisador Dr. Roberto Herai, o estudo descobriu a relação do gene SETD5 com o autismo e a Síndrome do X Frágil.


Um estudo publicado recentemente na revista americana Developmental Neurobiology, desenvolvido em colaboração pelo pesquisador Dr. Roberto Herai, revelou a relação do gene SETD5 com a presença de sintomas de Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) e outras desordens correlacionadas ao neurodesenvolvimento. Na pesquisa, foram avaliados dados de 42 indivíduos portadores de diferentes tipos de mutações, todas envolvendo o gene SETD5, e foi observado que 23,8% apresentaram características autistas.

Descoberta possível causa não genética do autismo

Um investigador norte-americano associou a ocorrência de autismo a lesões cerebrais causadas no ventre da mãe ou numa fase inicial do crescimento do bebé. O estudo foi publicado na revista Neuron, no dia 6 de Agosto. 



Segundo Samuel Wang, professor de Biologia Molecular e Neurociência da Universidade de Princeton, os danos na região do cerebelo podem levar ao surgimento de pertubarções do espectro do autismo e de outras perturbações neurais numa idade mais avançada.

O cerebelo localiza-se na parte posterior inferior do cérebro humano e tem como função o processamento de informações internas e externas - como estímulos sensoriais que influenciam o desenvolvimento de outras regiões do cérebro.

No início da vida, as lesões no cerebelo podem potencialmente interromper o processo de desenvolvimento do cérebro. Com base numa extensa revisão de estudos realizados anteriormente, a equipa de Samuel Wang verificou que os indivíduos que sofreram lesões no cerebelo durante o parto têm 36 vezes mais probabilidade de desenvolver autismo, sendo esta a principal causa de autismo não hereditária.